Lei facilita abandono dos doentes

A Lei de Saúde Mental que regula o internamento compulsivo está a "contribuir largamente para o abandono de pessoas" nos hospitais psiquiátricos, denunciou, ontem, em Coimbra, o presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, Adriano Vaz Serra. Segundo o especialista, após um internamento compulsivo "é extraordinariamente difícil" o regresso das pessoas, já estabilizadas, à comunidade e à família.

Em muitos casos, exemplificou, é a própria família a recorrer à legislação para se tentar livrar dos doentes. Numa conferência, realizada no âmbito do Dia da Saúde Mental, este ano dedicado à problemática do suicídio, Vaz Serra apresentou casos concretos.
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Jornal de Notícias