Defensor Oficioso

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26 junho 2007

Importar flexissegurança custaria 4,2 mil milhões de euros por ano

Quatro mil e duzentos milhões de euros por ano, dinheiro mais do que suficiente para construir um aeroporto na Ota. O valor foi calculado pela Comissão Europeia e demonstra o elevadíssimo custo da implementação de um sistema de flexissegurança tal como existe em alguns países europeus. Se, entre 1997 e 2004, Portugal tivesse adoptado o mesmo nível de segurança dado na Dinamarca, Suécia e Holanda (os três países que mais dinheiro despendem nestas políticas), então teria gasto mais do dobro do que, de facto, gastou. A questão estará na mente de todos os que, amanhã, assistam à apresentação das propostas preliminares da comissão que estuda as mudanças na lei laboral portuguesa.
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Jornal de Notícias

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1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O CONCEITO DA "FLEXISSEGURANÇA" NASCEU NOS PAÍSES NÓRDICOS E REFERE-SE A UMA MAIOR FLEXIBILIDADE DAS LEIS DO LABORAIS, COMPENSADA POR UMA MAIOR SEGURANÇA DOS TRABALHADORES QUANDO POR ELA SÃO AFECTADOS.

É incompreensível falar-se em flexissegurança, num país que está a eliminar, a pouco e pouco, as exíguas regalias sociais aos trabalhadores, que vão ficando cada vez mais inseguros quanto ao seu futuro. Poderão esperar menores subsídios de desemprego e durante menos tempo; maior dificuldade de conseguir uma reforma, mesmo por doença, e quando a conseguirem será de valor inferior à que teriam actualmente com os mesmos descontos para a Segurança Social, não obstante os seus impostos também aumentarem constantemente, aliás, é também cada vez mais difícil de provar a incapacidade para o trabalho, dada até a dificuldade de conseguir atendimento nos Centros de Saúde e a maneira superficial como são atendidos. O apoio na saúde é portanto cada vez menor, tal como no casamento (fim do subsídio de casamento), tal como na educação: pré escolar, básica, secundária e superior, tal como na velhice, tal como na morte (fim do subsídio de funeral). Assim, neste país, A MAIOR SEGURANÇA não diz respeito ao trabalhador.

Assim, só nos resta concluir que a "FLEXISSEGURANÇA”, na óptica Portuguesa, refere-se tão só à entidade empregadora: maior "FLEXIBILIDADE" para despedir, para eliminar as poucas regalias existentes, conseguidas ao longo de muitos anos, com ou sem a negociação dos sindicatos: salários, subsídios de férias, de Natal (e outros), pagamento de horas extraordinárias, número de horas de trabalho, horários, férias, tendo em vista uma maior "SEGURANÇA" da empresa na famigerada globalização. Afinal, por cá, os trabalhadores ficam de fora da ilustre inovação e só lhes resta trabalharem enquanto puderem e depois abandonarem livremente os seus postos de trabalho, isto se não forem despedidos antes, o que não será de estranhar, dada até a redução das suas capacidades físicas e mentais para executarem cabalmente muitos trabalhos.

Zé da Burra o Alentejano

6/27/2007 4:59 da tarde  

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