Defensor Oficioso

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01 janeiro 2007

O Direito e o Avesso

Texto do Dr. Rui Pereira

Jornalistas de guerra


Com uma informação livre não é possível esconder crimes de guerra ou inventar vitórias.

Durante o ano que agora finda morreram em exercício de funções 55 profissionais da Comunicação Social, 35 dos quais no Iraque. Estes números preocupantes, divulgados pelo Comité Internacional de Protecção aos Jornalistas, tornam claro que aqueles profissionais constituem um dos alvos a abater de entre os civis sacrificados na guerra.

Trata-se de uma realidade fácil de compreender. Os jornalistas são vistos como empecilhos pelas forças beligerantes. Pior do que isso, constituem um entrave à manipulação da opinião pública – favorável ou hostil – que é da maior importância no quadro de um conflito armado. Com uma informação inteiramente livre não é possível esconder crimes de guerra nem inventar vitórias.

Assim, não é de estranhar que o Conselho de Segurança das Nações Unidas tenha aprovado, no dia 23 de Dezembro, a Resolução n.º 1738, que condena os “ataques deliberados contra jornalistas, profissionais dos média e pessoal associado”.
continua in

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