Autarquias sem controlo

A própria Lei Orgânica que rege a actividade da IGAT (que data de 1987) está completamente desadequada da actual realidade autárquica e é propícia à adopção de comportamentos menos legítimos por parte de presidentes de Câmaras e Juntas de Freguesia, ou vereadores.
Um dos objectivos definidos na Lei é a realização de uma inspecção a cada município no período normal de cada mandato. No entanto, segundo apurou o CM junto de fontes da IGAT, “no plano de actividades existem Câmaras contempladas, cuja última inspecção remonta a 1997”.
Outro aspecto da insuficiência de meios da IGAT está no facto de os 13 novos inspectores estagiários, que integraram os quadros daquele organismo de fiscalização, só terem começado a participar em operações no terreno “em Abril” por falta de dinheiro.
Apesar dos “constrangimentos de natureza orçamental” referidos no documento, a IGAT iniciou o ano passado 33 novas inspecções, nomeadamente nos concelhos de Leiria, Sabugal, Montalegre, Covilha e Porto.
Transitaram para este ano 50 acções inspectivas, que estavam já a decorrer nos concelhos de Elvas, Grândola, Silves e Castelo Branco, entre outras.
Estas inspecções, tal como a realização de inquéritos, são definidas pelo Plano de Actividades e têm como objectivo fiscalizar a actividade de alguns dos órgãos autárquicos entre os 278 municípios e as 4249 freguesias.
Desta actividade, resultou em 2005 perda de quatro mandatos autárquicos aceites pela tutela, dos seis recomendados.
Trata-se da mais grave sanção recomendada por aquela inspecção dependente da Presidência do Conselho de Ministros, que enviou ainda 40 processos para o Ministério Público devido a irregularidades.
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http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=204717&idselect=181&idCanal=181&p=0
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