JUSTIÇA NO INVERNO
editorial nº 13
1. No passado dia 2/10/2006, Pacheco Pereira escreveu no jornal Público, talvez, um dos seus melhores artigos. Intitulava-se «O Inverno do nosso descontentamento».
A Pacheco Pereira – e nem sempre o que escreve alcança o mesmo peso e a mesma intensidade de verdade – acontecem-lhe, por vezes, destes textos, que podemos qualificar como autênticos retratos realistas da sensibilidade social.
Aconteceu-lhe antes do «buzinão» da ponte 25 de Abril, poderá estar a acontecer agora.
2. Não é, contudo, por acaso ou por mera vontade de divulgar e elogiar esse texto que aqui se recorda o que ali ficou escrito (ver o referido artigo neste site, na Secção Imprensa).
É, porventura, nesse mundo – em que «…tudo está tão completamente cinzento, castanho, pardo que não há cor que sobreviva …» em que «… há cada vez mais dívidas difíceis, os cartões de crédito mostram a sua face rapace, por detrás da enganadora facilidade de comprar sem pagar dinheiro. Falta dinheiro para comprar os livros para a escola, centenas de euros se se fizesse o que a "escola" pedia. Falta dinheiro para pagar esta análise, demasiado cara. Falta dinheiro para o aparelho dos dentes» –, que os magistrados de hoje e, mais ainda, os de amanhã terão de tentar exercer Justiça.
continua in
1. No passado dia 2/10/2006, Pacheco Pereira escreveu no jornal Público, talvez, um dos seus melhores artigos. Intitulava-se «O Inverno do nosso descontentamento».
A Pacheco Pereira – e nem sempre o que escreve alcança o mesmo peso e a mesma intensidade de verdade – acontecem-lhe, por vezes, destes textos, que podemos qualificar como autênticos retratos realistas da sensibilidade social.
Aconteceu-lhe antes do «buzinão» da ponte 25 de Abril, poderá estar a acontecer agora.
2. Não é, contudo, por acaso ou por mera vontade de divulgar e elogiar esse texto que aqui se recorda o que ali ficou escrito (ver o referido artigo neste site, na Secção Imprensa).
É, porventura, nesse mundo – em que «…tudo está tão completamente cinzento, castanho, pardo que não há cor que sobreviva …» em que «… há cada vez mais dívidas difíceis, os cartões de crédito mostram a sua face rapace, por detrás da enganadora facilidade de comprar sem pagar dinheiro. Falta dinheiro para comprar os livros para a escola, centenas de euros se se fizesse o que a "escola" pedia. Falta dinheiro para pagar esta análise, demasiado cara. Falta dinheiro para o aparelho dos dentes» –, que os magistrados de hoje e, mais ainda, os de amanhã terão de tentar exercer Justiça.
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