Defensor Oficioso

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13 fevereiro 2007

Sobrevivência dos referendos depende de alterações legais e vontade política

É fundamental haver uma limpeza dos cadernos de recenseamento para eliminar os "eleitores-fantasmas". Esta é uma das condições mais urgentes, na opinião de politólogos contactados pelo DN, para assegurar a sobrevivência do instituto do referendo em Portugal. Em última análise, tudo depende da vontade "das elites", como sublinha um destes especialistas em ciência política, Manuel Villaverde Cabral.

"Não creio que vão realizar-se muitos referendos em Portugal. Mesmo os referendos locais tenderão a tornar-se cada vez mais raros", observa Villaverde Cabral. Motivo: "A elite política portuguesa tem um medo danado do referendo. Agora, com o referendo sobre o aborto, as contas saíram certas à elite no poleiro mas saíram erradas à outra." Na sua opinião, um referendo torna-se possível quando existe "uma querela entre os dois segmentos das elites portuguesas - a conservadora e a progressiva". Mas um tema como o aborto nunca devia ter sido referendado, acentua, "por se tratar de uma questão de consciência".
continua in
Diário de Notícias

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