Defensor Oficioso

Um blog realizado no âmbito do patrocínio oficioso, na modalidade de dispensa total de taxa de justiça e demais encargos com o processo, (in)dependentemente de juízo sobre a existência de fundamento legal da pretensão…

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Localização: Coimbra, Portugal

CONTACTO OFICIOSO

31 maio 2006

Entrevista a Augusto Lopes Cardoso, advogado e Bastonário da Ordem dos Advogados entre 1987-1989

Bastonário diz que há juristas em Lisboa “que se dizem advogados e que gravitam com os entes públicos”. Os mesmos que depois voltam para a advocia quando mudam as cores políticas do Governo.

Garante que em Lisboa “há muito a ideia obsessiva do almoço de negócios”, a par de ligações pessoais que se tornam de “influência.” Também por isso, acrescenta Lopes Cardoso, o Porto tem perdido muitos centros de decisão.

Concorda com a ideia de um mercado da advocacia?
Não estou de acordo com ela. Hoje está tudo montado num esquema economicista. Porque se há-de chamar mercado? Este conceito é muito limitado sobretudo para a nossa profissão. É tratá-la como um comércio.

Há colegas seus que começam a tratar a profissão como um comércio?
Admito que sim, mas não é nada a maneira como encaro a profissão.É uma visão muito anglo-saxonica. São conceitos McDonalds da advocacia com os quais não me identifico.

E defende, pelo contrário...
Uma profissão que tenha um sentido social importante, com um grande objectivo de serviço e que por isso é fundamental num estado de direito. Não se pode dizer que toda a economia seja fundamental num estado de direito.
continua in
http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diario_economico/edicion_impresa/advogados/pt/desarrollo/654215.html