A Rede: Filme com...
Não é pirata informático, mas conseguiu entrar nos documentos de um juiz. Sindicato do Ministério Público conhece alguns relatos e pediu explicações ao MJ sobre a segurança da rede. Assunto «caiu no esquecimento»
Não é preciso ser pirata informático para, dentro da rede de computadores dos tribunais, consultar um processo alheio. Em declarações ao PortugalDiário, um magistrado do Ministério Público, que pediu para não ser identificado, relatou que dentro da rede de computadores, administrada pelo Ministério da Justiça, conseguiu aceder, por acaso, e em tempo real, ao despacho que um colega juiz estava a elaborar.
O caso aconteceu há quatro anos, mas o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), António Cluny, tem recebido testemunhos de situações idênticas ocorridas mais recentemente.
«Um colega terá conseguido entrar na rede, por fora, e andou a passear por vários despachos de magistrados». Além disso, acrescenta, «relataram-me situações em que advogados respondiam a projectos de despacho dos juízes quando, apenas a versão final lhes tinha sido enviada». «Significa isto, conclui António Cluny, que alguém acedeu ao documento no computador do juiz e forneceu-o aos advogados. Estes por lapso respondiam ao despacho errado».
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