Novo PGR desiludido com estado da justiça
"Aqui há tempos apanhei um táxi para me levar à Ordem dos Engenheiros. O motorista, que já era um senhor de uma certa idade, passou a tratar-me como 'senhor engenheiro'. E eu, que tanto me dá ser engenheiro como outra coisa qualquer, fiquei calado. Ele tinha o rádio ligado e deu uma notícia sobre a Casa Pia. O homem virou-se para mim e disse: 'O senhor engenheiro já viu a porcaria da justiça que temos?' Eu calei-me, claro. Não tinha nada a ver com isso... era engenheiro. Cheguei aos meus colegas e disse: 'O que vale é ser engenheiro porque os juízes estão muito desacreditados.'"
O protagonista do episódio chama-se Fernando Pinto Monteiro e será, a partir do dia 9, o procurador-geral da República (PGR) - indicado pelo Governo e nomeado pelo Presidente da República. Contou-o em Agosto, em entrevista ao Público, para denunciar a medida do seu desencanto perante o estado actual do regime judiciário. Ao ponto de desabafar: "Só pode ser juiz quem deve e não quem quer."
Mas, se a justiça está mal os culpados "somos todos" - considera. "Se houvesse um tribunal para julgar o mau estado da justiça, deveriam levantar-se os ministros da justiça dos últimos seis ou sete anos para dizer: temos culpa. Depois levantavam-se os magistrados, os advogados, os oficiais de justiça e os cidadãos. Todos temos culpa."
continua in
http://dn.sapo.pt/2006/09/21/nacional/novo_desiludido_estado_justica.html
O protagonista do episódio chama-se Fernando Pinto Monteiro e será, a partir do dia 9, o procurador-geral da República (PGR) - indicado pelo Governo e nomeado pelo Presidente da República. Contou-o em Agosto, em entrevista ao Público, para denunciar a medida do seu desencanto perante o estado actual do regime judiciário. Ao ponto de desabafar: "Só pode ser juiz quem deve e não quem quer."
Mas, se a justiça está mal os culpados "somos todos" - considera. "Se houvesse um tribunal para julgar o mau estado da justiça, deveriam levantar-se os ministros da justiça dos últimos seis ou sete anos para dizer: temos culpa. Depois levantavam-se os magistrados, os advogados, os oficiais de justiça e os cidadãos. Todos temos culpa."
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