Defensor Oficioso

Um blog realizado no âmbito do patrocínio oficioso, na modalidade de dispensa total de taxa de justiça e demais encargos com o processo, (in)dependentemente de juízo sobre a existência de fundamento legal da pretensão…

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CONTACTO OFICIOSO

23 novembro 2006

Entrevista do Bastonário à Revista Visão

VISÃO: Vai recandidatar-se em 2007?
ROGÉRIO ALVES: Para desagrado dos muitos que me pedem para continuar, esse não é o meu propósito. Não significa, porém, que uma mudança inopinada de circunstâncias não me faça mudar de Ideias.

Refere-se ao modo como os candidatos o vierem a criticar a si e ao seu mandato? Se assim for, admite ser candidato?
Admito. Há um certo limite que, se for ultrapassado, me poderá fazer mudar de posição. Coisa que eu não quero que aconteça.

Faz sentido que a disputa do seu lugar tenha começado a mais de um ano das eleições?
Isso sempre houve, não havia era divulgação pública desses movimentos. Os programas e as rivalidades entre candidatos passavam despercebidos. A OA mudou muito, nesse sentido, ainda para mais quando há hoje 25 mil advogados e é preciso recorrer à comunicação social para chegar a esse eleitorado.

Sente que precisou de ir à TV comentar o processo Casa Pia para se tornar conhecido entre os seus pares?
Reconheço que foi importante. O ser sistematicamente convidado para ir à televisão comentar esse e outros processos judiciais fez de mim uma figura pública e deu-me notoriedade perante vários advogados.

Afirmou que ter ganho a Ordem foi como se o Braga vencesse o campeonato. O nunca ter trabalhado em grandes escritórios e a falta de ligação a nomes emblemáticos da advocacia jogou contra si desde o início?
A minha vitória foi um corte com a tradição. Sou o bastonário mais novo de sempre. As críticas à minha falta de «passado» têm o valor que têm. Houve uma geração nova que ganhou as eleições. Uns aceitaram melhor, outros pior. Já estava a contar com as dificuldades, mas houve injustiças que me magoaram, como a de que eu teria intuitos de perseguir quem quer que fosse, sobretudo amigos.

Foi ventilada uma desavença entre si e o seu antecessor, na polémica que envolveu o processo disciplinar movido a José Miguel Júdice. É verdade?
De forma alguma. Agora, como bastonário, cabia-me a solidariedade institucional com o Conselho Superior [organismo disciplinar da OA].
continua in