UE à procura de solução para a Constituição e de um ritmo para o alargamento
A União Europeia (UE) vai hoje e amanhã expor ao mundo o grau da sua paralisia durante uma cimeira de chefes de Estado ou de Governo que corre o risco de se limitar a uma sucessão de desentendimentos sem qualquer decisão assinalável.
O único ponto de acordo entre os líderes assenta na necessidade de prolongar a "pausa para reflexão" sobre o futuro da Constituição europeia que foi decretada há um ano em reacção ao veredicto negativo dos eleitores franceses e holandeses, nos referendos convocados para a sua ratificação. Mesmo assim, os líderes estão em profundo desacordo sobre o que fazer durante essa pausa e mesmo sobre a sua duração.
O vazio de ideias e o desentendimento sobre a questão ilustra o actual estado de paralisia de uma União desprovida de projecto e às voltas com a difícil digestão do recente alargamento a dez novos Estados, sobretudo do Leste. Se não fosse o acordo sobre o quadro orçamental plurianual 2007-2013 conseguido a muito custo em Dezembro passado, a UE teria passado doze meses praticamente sem dar sinal de vida.
Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, procura remar contra a "tendência para a crisofilia", segundo a sua expressão, que sente instalada entre muitos responsáveis europeus, clamando que, ao contrário da percepção generalizada, a Europa não está paralisada.
O seu discurso voluntarista não tem sido, no entanto, suficiente para mobilizar os governos. Isto, apesar de os líderes aceitarem, oficialmente, a sua tese sobre a necessidade de acompanhar o debate sobre o futuro da Constituição de um reforço da relevância da UE para os cidadãos através da construção de uma "Europa dos projectos". Na prática, a realidade é outra.
O desenvolvimento de uma política europeia de energia, defendida pelo presidente da Comissão, esbarra contra o argumento da soberania que os governos querem manter sobre um sector estratégico.(...)
Se os líderes não conseguirem clarificar os dois debates actualmente mais importantes - o futuro da Constituição e do alargamento -, a paralisia da UE corre o risco de se instalar por um longo período.
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O único ponto de acordo entre os líderes assenta na necessidade de prolongar a "pausa para reflexão" sobre o futuro da Constituição europeia que foi decretada há um ano em reacção ao veredicto negativo dos eleitores franceses e holandeses, nos referendos convocados para a sua ratificação. Mesmo assim, os líderes estão em profundo desacordo sobre o que fazer durante essa pausa e mesmo sobre a sua duração.
O vazio de ideias e o desentendimento sobre a questão ilustra o actual estado de paralisia de uma União desprovida de projecto e às voltas com a difícil digestão do recente alargamento a dez novos Estados, sobretudo do Leste. Se não fosse o acordo sobre o quadro orçamental plurianual 2007-2013 conseguido a muito custo em Dezembro passado, a UE teria passado doze meses praticamente sem dar sinal de vida.
Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, procura remar contra a "tendência para a crisofilia", segundo a sua expressão, que sente instalada entre muitos responsáveis europeus, clamando que, ao contrário da percepção generalizada, a Europa não está paralisada.
O seu discurso voluntarista não tem sido, no entanto, suficiente para mobilizar os governos. Isto, apesar de os líderes aceitarem, oficialmente, a sua tese sobre a necessidade de acompanhar o debate sobre o futuro da Constituição de um reforço da relevância da UE para os cidadãos através da construção de uma "Europa dos projectos". Na prática, a realidade é outra.
O desenvolvimento de uma política europeia de energia, defendida pelo presidente da Comissão, esbarra contra o argumento da soberania que os governos querem manter sobre um sector estratégico.(...)
Se os líderes não conseguirem clarificar os dois debates actualmente mais importantes - o futuro da Constituição e do alargamento -, a paralisia da UE corre o risco de se instalar por um longo período.
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