Protecção de dados levanta reticências ao fim do sigilo fiscal
O presidente da Comissão Nacional de Protecção de Dados, João Silveira, garante «ter algumas reticências» em relação à medida avançada pelo Governo no Orçamento de Estado (OE) do próximo ano e que prevê a realização de cruzamento de dados em matéria de administração fiscal.«Tenho algumas dúvidas quanto aos interesses públicos que estão por trás para que sejam levantadas informações, até aqui consideradas sigilosas», afirma o responsável, esta sexta-feira durante a apresentação do seu parecer na Assembleia da República.
O parecer apela ainda «a um maior rigor e precisão» na autorização legislativa, de forma a determinar quais as entidades e em que condições em que esse cruzamento possa ser feito. «Neste momento parece-nos muito vago em que condições é que o Governo vai autorizar essa interconexão de dados, tem de ser muito mais precisa e específica», acrescenta João Silveira.
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Protecção de dados considera «ilegal» cruzamento na saúde
A Comissão de Protecção de Dados considera «desproporcionada e, até mesmo ilegal» o cruzamento de dados dos contribuintes na área de saúde, medida proposta pelo Governo no Orçamento de Estado (OE) do próximo ano, com vista ao combater a fraude e a evasão fiscal.
O Governo propôs cruzar os dados constantes na base de dados da Caixa Geral de Aposentações (CGA), da ADSE e de outros serviços públicos, o que para o presidente da comissão, João Silveira «o que parecia inicialmente apontar para se pretender a interconexão de dados relacionados com a assistência na doença, resvala, pode resvalar para variadas outras finalidades».
Uma situação, que no entender do responsável, poderá mesmo ser vista como «inconstitucional».
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