Pais-Batman contra juízes em dia de bola
A Associação de Pais Separados 26-4 manifestou-se ontem à porta da Assembleia da República, propositadamente às 15h00, enquanto os deputados assistiam ao jogo de futebol Portugal-México. O objectivo é alertar para a “situação vivida por 70 mil homens que são proibidos pelos juízes de ver os filhos”, explica Paulo Quintela, presidente da associação, cujo símbolo é o super-herói Batman.
Ao contrário do que acontece na ficção, onde normalmente os super-heróis têm a Polícia do seu lado, os agentes da Assembleia da República obrigaram o grupo a abandonar as escadarias e a recolher os cartazes. Uma atitude justificada pela falta de autorização da Associação 26-4 para se manifestar no local.
O gesto provocou a revolta dos elementos da associação, que começaram a gritar palavras de ordem: “Abaixo os juízes”; “É o Salazar quem manda aqui”; e “Fomos expulsos da casa do povo”.
Mais calmo e já afastado do edifício, o líder do grupo não calou a indignação, referindo-se à situação que muitos pais vivem em Portugal.
“Se fosse uma manifestação para festejar a bola, o futebol, de certeza que não haveria problema. Estava tudo bem”, disse, acrescentando: “Existem 70 mil homens que não podem ver os filhos, inclusive alguns polícias. Só que esses têm de estar calados devido às normas internas”.
Paulo Estêvão, um dos pais presentes, não vê o filho há mais de dois anos e reclama direitos iguais aos da mulher: “Quando uma criança é concebida é entre duas pessoas. Se há um divórcio, por que razão é a mulher que fica com a tutela?”.
VERGONHA DE IR À RUA
É com muita tristeza e revolta à mistura que Paulo Quintela conta a sua história e explica as razões de estar contra os juízes. “Culpo-os de o meu filho ter sido barbaramente agredido. Esteve três semanas sem ir à escola devido à porrada que levou. No meu processo, no Tribunal de Menores – aquele que fica em Lisboa, a capital da Cultura –, tenho mais de 20 queixas semelhantes e até hoje nada foi feito”, afirma, prosseguindo: “Nós seguimos os mesmos métodos que em Inglaterra mas, infelizmente, em Portugal, como acontece sempre, ninguém se mexe. Lá fazem manifestações com quatro mil pessoas. Cá somos cinco ou seis. Os pais ainda têm muita vergonha de vir à rua. Não culpamos as mães, mas sim os juízes que decidem sem entenderem os casos”.
Ao contrário do que acontece na ficção, onde normalmente os super-heróis têm a Polícia do seu lado, os agentes da Assembleia da República obrigaram o grupo a abandonar as escadarias e a recolher os cartazes. Uma atitude justificada pela falta de autorização da Associação 26-4 para se manifestar no local.
O gesto provocou a revolta dos elementos da associação, que começaram a gritar palavras de ordem: “Abaixo os juízes”; “É o Salazar quem manda aqui”; e “Fomos expulsos da casa do povo”.
Mais calmo e já afastado do edifício, o líder do grupo não calou a indignação, referindo-se à situação que muitos pais vivem em Portugal.
“Se fosse uma manifestação para festejar a bola, o futebol, de certeza que não haveria problema. Estava tudo bem”, disse, acrescentando: “Existem 70 mil homens que não podem ver os filhos, inclusive alguns polícias. Só que esses têm de estar calados devido às normas internas”.
Paulo Estêvão, um dos pais presentes, não vê o filho há mais de dois anos e reclama direitos iguais aos da mulher: “Quando uma criança é concebida é entre duas pessoas. Se há um divórcio, por que razão é a mulher que fica com a tutela?”.
VERGONHA DE IR À RUA
É com muita tristeza e revolta à mistura que Paulo Quintela conta a sua história e explica as razões de estar contra os juízes. “Culpo-os de o meu filho ter sido barbaramente agredido. Esteve três semanas sem ir à escola devido à porrada que levou. No meu processo, no Tribunal de Menores – aquele que fica em Lisboa, a capital da Cultura –, tenho mais de 20 queixas semelhantes e até hoje nada foi feito”, afirma, prosseguindo: “Nós seguimos os mesmos métodos que em Inglaterra mas, infelizmente, em Portugal, como acontece sempre, ninguém se mexe. Lá fazem manifestações com quatro mil pessoas. Cá somos cinco ou seis. Os pais ainda têm muita vergonha de vir à rua. Não culpamos as mães, mas sim os juízes que decidem sem entenderem os casos”.
continua in
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