Salada de Frutas com sabor amargo

"Muitos menores recusam alguma vez a escola e esta tem, pela sua primacial importância, que ser imposta com alguma veemência. Claro que, se se tratar de fobia escolar reiterada, será aconselhável indagar os motivos e até o aconselhamento por profissionais. Mas, perante uma ou duas recusas, umas palmadas (sempre moderadas) no rabo fazem parte da educação." Mas a mãozinha leve dos supremos magistrados não se pouparia à explanação pedagógica das virtudes das palmadas no rabo com moderação:
"Na educação do ser humano justifica-se uma correcção moderada que pode incluir alguns castigos corporais ou outros. Será utópico pensar o contrário e cremos bem que estão postas de parte, no plano científico, as teorias que defendem a abstenção total deste tipo de castigos moderados." Pormenor decerto irrelevante: as crianças concretas que tinham sido molestadas são deficientes mentais e não consta que fossem tratadas com... moderação.
Opinião:
Da mesma forma não pode nenhum operador judicial vir condenar o jornalismo actual fundamentando-se em meia dúzia de artigos publicados quando, tal como nos tribunais, são milhares os artigos(decisões) publicados por dia.
Facto é que a justiça não é perfeita e, tal como o jornalismo, deve procurar sempre o seu aperfeiçoamento, mas é prepotente uma afirmação efectuada em modos gerais, porquanto desrespeita todos os operadores judiciais, a qual passo a citar:
“Aqui, porém, já passamos da farsa à tragédia. É que não há Estado democrático digno desse nome com uma justiça que não inspira respeito, não merece credibilidade e corre agora o risco de prestar-se à gargalhada nacional. Será esse o modelo que Alberto João Jardim não desdenharia importar para a Madeira?”
Admito que existem decisões judiciais que colocam qualquer um de nós a reflectir sobre a justiça da mesma, mas nunca, sob pena de colocar em causa todos os valores que sustentam a Justiça em Portugal!!!
Deve o Dr. Vicente Jorge Silva efectuar leituras de acórdãos menos mediáticos, de igual forma superiormente elaborados e, tirará outras conclusões.
Quanto a mim vou ver se leio algo “doce” para tirar o sabor amargo com que fiquei…